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XVII Encontro de CTDI

Keynote Speakers

Fernanda Ribeiro

Professora Catedrática do Dep. de Ciências da Comunicação e da Informação da FLUP

Luís Corujo

Professor Auxiliar da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

Pedro Penteado

Diretor de Serviços de Arquivística e Normalização da DGLAB (Portugal)

José Luis Bonal Zazo

Professor universitário na Faculdade de Ciências da Documentação e da Comunicação da Universidade da Estremadura

Jorge Revez | Moderador

Professor Auxiliar do programa em Ciências da Documentação e Informação na Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa

Resumos do XVII Encontro de CTDI

A Operação “Avaliação” no quadro da Ciência da Informação

A avaliação na área da Ciência da Informação e no contexto dos serviços de informação tem vindo a ser realizada essencialmente em três áreas distintas: a avaliação de serviços, a avaliação da recuperação da informação e a avaliação do fluxo informacional. Esta última vertente, especialmente aplicada em arquivos, tem tido, tradicionalmente, por finalidade decidir o destino a dar à informação após deixar de ter um uso corrente e regular para o funcionamento quotidiano da respetiva entidade produtora, selecionando aquela que será conservada a título permanente e eliminando a restante, libertando assim consideravelmente o espaço de armazenamento. Nesta comunicação, faz-se uma abordagem destas diferentes vertentes da avaliação da informação, abordando-a não como um procedimento de carácter prático ou meramente técnico, mas como uma operação metodológica, aplicável à informação em qualquer contexto produtor e de uso, no quadro da Ciência da Informação. Não tem, portanto, um fim em si mesma ou um emprego isolado e desligado de um Método mais amplo que associe a vertente compreensiva e explicativa (científica) à vertente aplicacional ou interventiva (técnica), como é apropriado a uma disciplina como a Ciência da Informação, naturalmente inscrita no campo das Ciências Sociais aplicadas.

O Método no qual o modelo de avaliação proposto é concebido e usado designa-se por “quadripolar” (baseado em quatro pólos ou etapas – pólo epistemológico, pólo teórico, pólo técnico e pólo morfológico) e apresenta-se como alternativa ajustada às exigências da investigação qualitativa, constituindo um modo global de abordagem, ditado pelos pensamentos sistémico e complexo. Propõem-se, ainda, critérios e parâmetros para, de uma forma objetiva, se passar à aplicação prática, tendo em conta o ciclo de vida da informação, a renovação e a obsolescência do conhecimento e a importância da memória e sua preservação a longo termo, como fator identitário dos seus produtores e, em última instância, de um país ou de uma nação.
Entrosamentos e Contudências: Subsídios para propostas de avaliação

A utilização das novas tecnologias da informação e consequente produção de informação eletrónica por parte das organizações, implicou a necessidade dos arquivistas desenvolverem estratégias para a gestão dessa informação eletrónica, incluindo a sua avaliação. Esta situação resultou em transformações a nível das práticas dos arquivistas, e que continuamente vão sendo alteradas, conforme novos avanços tecnológicos vão sendo integrados nas atividades organizacionais. O conjunto destas transformações têm também tido eco na teoria arquivística, que procura compreender e estudar o fenómeno, e apresentar interpretações e perceções que, por sua vez, podem ajudar os profissionais de arquivo e as organizações.

Pretende-se, nesta comunicação, refletir sobre este contexto numa perspetiva terminológica, percecionando-se a existência de diferentes realidades profissionais e correntes/propostas de abordagem de avaliação arquivísticas, às quais não é estranha, entre outros elementos, as diferenças linguísticas.

Modelo de avaliação suprainstituicional da informação arquivística: teoria e prática

A comunicação apresenta o modelo de avaliação suprainstitucional da informação arquivística na Administração Pública (AP) desenvolvido pela DGLAB, através de um processo colaborativo, em Portugal. Destaca o seu aparecimento como resposta à necessidade de mudança na gestão da informação arquivística no país e como resposta à transformação digital na AP.

Parte da classificação funcional da informação, focando-se nos processos de negócio da Administração, para proceder à sua avaliação.

Apresenta os princípios, pressupostos e valores da avaliação suprainstitucional, transversal e funcional e a metodologia relacional utilizada para o efeito, bem como o seu principal produto, a Lista consolidada, base da elaboração das tabelaas de seleção.

Refere-se depois aos instrumentos e processos de aplicação desenhados pela DGLAB e as políticas de informação que os suportam atualmente.

Por fim, abordam-se alguns aspetos para favorecer a implementação do modelo no país, a exemplo da Plataforma CLAV, do apoio técnico da DGLAB e da Comunidade CLAV, bem como de propostas legislativas em curso.

La valoración documental en las Comunidades Autónomas españolas.

El aumento de la producción de documentos y de información, en múltiples soportes y formatos, ha condicionado el desarrollo de la Archivística en las últimas décadas, provocando cambios notables en los fundamentos teóricos de la disciplina e importantes variaciones en la práctica profesional. La valoración, y las acciones de disposición derivadas de la misma, es una de las actividades que ha experimentado una transformación mayor, tal como se puede apreciar en los estudios teóricos, las fuentes normativas y los instrumentos técnicos publicados y elaborados en los últimos años. Esa diversidad de planteamientos, métodos y técnicas de trabajo resulta enriquecedora, pero, al mismo tiempo, entraña el riesgo de generar inconsistencias profesionales derivadas de diferentes interpretaciones de los mismos principios.

La organización administrativa descentralizada del Estado Español, organizado en 17 grandes Comunidades Autónomas, favorece la cercanía de las instituciones autonómicas de gobierno a los administrados, pero, al mismo tiempo, da lugar a diferentes formas de actuar en los distintos territorios. Los archivos no escapan a esa realidad administrativa, de modo que cada Comunidad Autónoma cuenta con un sistema archivístico propio, que, pese a disponer de rasgos comunes, también presenta sus particularidades. En este contexto, el trabajo que presentamos se plantea con el objetivo general de analizar, desde una perspectiva comparada, la situación de la valoración documental en el ámbito de las Comunidades Autónomas españolas, identificando sus analogías y diferencias.

Mediante una metodología de carácter comparativo, se obtienen resultados de interés relacionados con tres aspectos relativos a la valoración en las Comunidades Autónomas españolas. En primer lugar, se advierten las diferencias terminológicas existentes relacionadas con la propia actividad, con los órganos implicados en su realización y con las herramientas técnicas resultantes. En segundo lugar, se analizan las características, estructura y elementos de los instrumentos técnicos elaborados en las diferentes Comunidades Autónomas (calendarios de conservación o tablas de valoración) evaluando el nivel de coincidencia y discrepancia existente entre ellos. Por último, dado que catorce Comunidades Autónomas han aprobado sus políticas de gestión de documentos electrónicos, en las cuales se definen de forma detallada los procesos básicos de gestión de documentos, se estudia la forma en que es tratado el proceso de valoración documental en dichas políticas.

En definitiva, los resultados obtenidos permiten apreciar la situación de la valoración de documentos en los órganos ejecutivos de las Comunidades Autónomas españolas, tanto desde un punto de vista terminológico como desde una perspectiva técnica.